Sempre que
dois (ou mais)
caminhos se encontram...
ficam ligados para sempre!
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(Imagem: "Caminho(s)" in http://flic.kr/p/icYXRw) 
 
 
 
   
  
  
Madiba, quando a chuva vem...  
 
  
  
«Num encontro com as antigas primeiras-damas (mulheres dos três últimos Presidentes sul-africanos que tinham chefiado o Estado até à queda do 
apartheid) Mandela ironizou, com característica bonomia, que a má 
memória do colonialismo britânico se redimia um pouco com o ritual do 
chá que tinham deixado para trás. E Mandela soube aproveitar os bons 
legados e ignorar os maus. É o seu grande mérito. (...)
 
E conseguiu fazer isso tomando chá com primeiras-damas africâneres e 
apadrinhando a Seleção Nacional de Râguebi, o desporto-rei dos colonos.
 
Com isso começou a levar atrás de si uma nação sul-africana multirracial e saudavelmente multicultural. (...)
 
Com sabedoria, Mandela não cometeu os enormes erros de outros processos 
de descolonização, que alienaram as comunidades coloniais europeias. Se,
 nestes casos, a mensagem foi "vão-se embora que esta terra é nossa", em
 Joanesburgo e no Cabo, mesmo nos mais crispados momentos da transição, 
Mandela fez um convite: "Fiquem por favor, vamos discutir os problemas 
com uma boa chávena de chá".
 
Os colonos sul-africanos retribuíram-lhe a cortesia, abraçando com 
generalizado entusiasmo um projeto nacional que poucos anos antes 
parecia impensável. Mandela soube acordar atitudes que na era da 
globalização pareciam fora de moda: o patriotismo e um sereno e 
jubilante amor à terra. Ingredientes que transformam colonos em 
cidadãos. 
 
No seu discurso de tomada de posse falou do sentimento comum a todos os sul-africanos, que é:
 
- "Aquela euforia nacional que se sente quando a chuva vem, a erva fica verde e as flores aparecem".
 
Isso, diz ele, "é o ritual de unidade que todos temos nesta nossa terra". 
 
 
Invejáveis rituais de Bem-Estar. Que sorte os sul-africanos tiveram em conhecer alguém assim.
 
Bem-aventurados os que partilham de tão agradável cerimonial.»
 
(Adapt. de: «Nelson Mandela», A minha vida deu um livro. A. Hagemann, Ed. Expresso, 2011. Pp.7-9)
 
 
 
 ("Nelson Rolihlahla Mandela nasceu a 18 de Julho de 1918, na aldeia de 
Mvezo, nas margens do rio Mbashe, na região do Transkei. Com as suas 
verdes colinas, os seus vales profundos e a sua costa selvagem virada 
para o Oceano Índico, a região do Transkei constitui a parte sudeste da 
África do Sul, sendo habitada sobretudo pelo povo Xhosa... «povo 
orgulhoso com uma língua expressiva e melódica e uma crença inabalável 
no significado de direito, educação e civilidade. Todos os Xhosa 
pertenciam a um clã, o que faz remontar a sua origem a um determinado 
antepassado. Eu pertenço ao clã Madiba, cujo nome advém de um chefe 
Thembu que governou a região do Transkei no século XVIII. É comum 
chamarem-me Madiba, o meu nome de clã...»" In op.cit., p.15. Faleceu a 5 de Dezembro de 2013.) 
 
 
Obrigada, Madiba _/\_
 
Thank you, Madiba _/\_
 
Maria  
 
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