terça-feira, 26 de junho de 2012

Imagine


Um banco de jardim
sarapintado pelo tempo.
Dois velhos parados,
olhares envergonhados.
Dois jovens debruçados
em caixote,
De restos encontrados...

Sob bandeiras em janelas,
sob Eras também...
Sob 40 ardentes,
em dia de suão.

Dois velhos sentados
e andantes também...
Miram e desviam,
à vez,
O olhar incomodado
com o lixo virado.
Numa rua qualquer
de um país amargurado...

Bandeiras arqueadas
em casas, içadas,
D'outras eras resgatadas
a ruas engalanadas.

Dois jovens
Dois velhos
Um banco de jardim...
Um coração despedaçado 
em bandeiras levantadas
numa crença sem fim...

A alma rolando
numa bola,
Que sim, que sim!
Nos pés de génios, querubim.
No meu jardim...


Maria, «Imagine» (Lisboa, 2012)

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Cri ança



"Todos temos uma criança alegre, curiosa, vivaz dentro de nós, mas poucos a deixam respirar. Devemos pensar como adultos, mas sentir, ser curiosos e aventurarmo-nos como uma criança. Quem asfixia a sua emoção envelhece no único lugar que deveria ser sempre jovem. ...                           
Sem riscos, os poetas não escreveriam poesia, as crianças não seriam criativas, os cientistas não seriam inventivos, os empresários não seriam empreendedores. ... Sem riscos, não conheceríamos o sabor das derrotas nem o paladar das vitórias. Não erraríamos, não choraríamos, não pediríamos desculpas... não teríamos necessidade da humildade..."                                                            
(Augusto Cury in Mentes Brilhantes, Mentes Treinadas)